FOCALIZA
“República de Curitiba”. Chegou o fim? Veja quem pode sair.
05-05-2020 17:10:34
Com a saída de Sergio Moro, pelo menos cinco secretários do Ministério da Justiça fiéis a Moro, estarão de volta a Curitiba.



Após a demissão do ex-ministro Sergio Moro, aliados do ex-juiz da Lava Jato colocaram seus cargos à disposição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Pelo menos cinco secretários titulares já fizeram o gesto, mas ainda não houve nenhuma baixa formal na equipe. Na última quarta-feira (29) foi empossado o novo titular da pasta, André Mendonça, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Mendonça participou de uma reunião com os secretários que hoje compõem o ministério.

Boa parte da equipe formada por Moro no início do ano passado é formada por profissionais do Paraná, próximos ao ex-juiz da Lava Jato e ex-integrantes da chamada "República de Curitiba". O fato chegou a ser questionado pelo presidente Jair Bolsonaro no pronunciamento que fez após receber o pedido de demissão de Moro. Das oito secretarias do Ministério da Justiça e Segurança, cinco secretários já deixaram os cargos à disposição e podem ser substituídos pelo novo ministro, André Mendonça.

VEJA QUAIS SÃO OS SECRETÁRIOS:

O titular da Secretaria de Operações Integradas, Rosalvo Ferreira Franco, é um deles. Franco também foi superintendente da PF no Paraná durante a Lava Jato. Ele foi substituído por Valeixo ao se aposentar. No ministério, Franco é o responsável por coordenar operações integradas com estados e municípios, além da coordenação do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional.

Na Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), Luciano Timm também colocou o cargo à disposição. “Minha absoluta e irrestrita solidariedade ao Ministro Moro. Atendi ao seu chamado para servir ao país num projeto de aposta no combate à corrupção, a uma economia de mercado e numa nova política”, disse Timm nas redes sociais, ao anunciar sua decisão.

Diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon fez o mesmo. Ele é delegado da Polícia Federal e já atuou como chefe da Delegacia da PF em Paranaguá (PR) e da Delegacia de PF em Foz do Iguaçu (PR). Além disso, foi diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR).

Vladimir Passos de Freitas, titular da Secretaria Nacional de Justiça, também colocou o cargo à disposição depois da demissão de Moro. Ele também é paranaense e já atuou como promotor de Justiça no Paraná, como juiz federal em Curitiba e juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Freitas também já foi desembargador do TRF4.

Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas (Senad). Luiz Beggiora, titular da pasta, deixou o novo ministro, André Mendonça, à vontade para decidir o futuro dele. Beggiora já foi procurador-chefe da Procuradoria da Fazenda Nacional no Paraná entre 2008 e 2009 e assessor jurídico do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, além de outros cargos.

Apenas três titulares de órgãos vinculados ao ministério não se manifestaram publicamente sobre a entrega dos cargos: o secretário da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Guilherme Theophillo; a diretora-geral do Arquivo Nacional, Neide De Sordi; e o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adriano Furtado.

 

 

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